18 agosto 2005

Duas visões sobre o mangue da Costeira


Depois do aterro, da construção da SC Sul - um mal necessário, já que não havia outra solução para o Sul da Ilha -, o cenário da Costeira do Pirajubaé mudou bastante. Se não podemos mais lamentar a destruição da natureza causada pelo aterro, podemos, pelo menos, nos beneficiar com a beleza que a natureza acabou nos presenteando.
Quem tem o privilégio de passar por lá todos, ou quase todos os dias, faça sol, chuva ou neblina, pode ver a performance da natureza, num espetáculo diário de beleza.
O aterro formou um mangue, que trouxe vários "habitantes" novos, tornando o local ainda mais bonito. Os moradores mais conhecidos são as aves, que, infezlimente, dividem o espaço com o lixo. Sim, o lixo que é jogado no mangue.
Quanto tempo de vida terão esses novos moradores? E o próprio mangue? E o que será de nós, animais (ir)racionais, se continuarmos fazendo essas atrocidades?
São duas visões bastante diferentes da natureza da Costeira do Pirajubaé. O bem e o mal lado-a-lado, disputando espaço. E a decisão de quem será o vencedor, cabe a nós.
Não são apenas os aterros que estão destruindo a Ilha. O lixo jogado nos mangues, nos rios e nos mares também causam grandes prejuízos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Que parte da costeira eu poderia estar vendo esses novos moradores ?
vc poderia me dizer quais tipos de aves estão migrando ou sendo encontrados lá ?
Obrigado.

Caio

Mylene Margarida disse...

Oi, Caio!

Não tenho como entrar em contato contigo, por isso, vou te responder por aqui mesmo.
Esse novos moradores da Costeira são as aves que descobriram um lar no novo mangue que se formou, após o aterro. Elas ficam ao longo da SC Sul, ao lado direito de quem vai para o Centro da cidade.
Quais os tipos de aves eu não sei te dizer. Mas, alguns pescadores contam que esteve uma bióloga por lá, fazendo um levantamento da fauna e descobriu que apareceram aves que nunca habitaram a Ilha.
Não tenho certeza, mas, acho que ela é da UFSC. Dizem que escreveu um livro sobre isso. Mas, eu nunca tive acesso a ele. Se conversares com os pescadores, talvez eles possam te ajudar.